Como o ESG está sendo percebido nas organizações atuantes no Brasil?
Comumente se confunde Sustentabilidade com ESG (Ecoambiental, Social e Governança). Sustentabilidade tem a ver com a administração estratégica da empresa e do seu modelo de negócio. Tem a ver com a inovação incorporando a Sustentabilidade dos produtos e processos, acessando assim novos mercados, escalando o consumo sustentável, engajando uma cultura de Sustentabilidade e um relacionamento com os stakeholders.
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Já o ESG tem a ver com a gestão dessa Sustentabilidade, com a influência que a gestão de riscos e impactos financeiros e não financeiros da Sustentabilidade exerce na tomada de decisão de gestores, investidores, acionistas, credores e demais partes interessadas.
No mercado, muito se fala sobre os dois termos, ESG e Sustentabilidade, e, apesar de estarem altamente correlacionados, eles não são a mesma coisa. Mas o importante é que as empresas e organizações falem sobre o assunto e iniciem seus trabalhos o quanto antes, pois ao final chegarão na mesma conclusão: ter estratégias de Sustentabilidade e ESG é cada vez mais crucial para garantirmos a vantagem competitiva e perpetuidade dos negócios.
Nos últimos anos, o termo ESG emergiu com força. Nós da Bravo Research, com o intuito de contribuir para que os líderes e gestores compreendam o momento e como podem agregar em suas organizações, iniciamos uma pesquisa sobre o tema em fevereiro de 2021. Com o objetivo de entender melhor o conceito e o momento do ESG no que tange empresas e investidores, realizamos rodadas de entrevistas qualitativas (em profundidade) e quantitativas, para trazer informações relevantes e que sirvam para a prática das organizações.
ESG são métricas. E métricas, por sua natureza, estão relacionadas a projetos e processos.
Por que ele se tornou tão evidente nos últimos dois anos? Muito da intensidade do ESG nos últimos dois anos se deve ao interesse dos investidores, acionistas e demais stakeholders em estratégias e retornos financeiros sustentáveis. Eles têm um crescente interesse nos investimentos a longo prazo dos aspectos socioambientais e da governança, e precisam acompanhar o desempenho dessas iniciativas dentro das empresas com as quais possuem relações.
Para isso, eles necessitam ter uma visão integrada e holística dessas iniciativas relacionadas aos aspectos ESG e ao modelo de negócios, e acesso às métricas responsáveis por comunicar claramente o desempenho da estratégia sustentável das empresas em que realizam seus investimentos.
É neste momento que entra a sigla ESG. Apesar do seu significado em inglês ser Environmental, Social and Governance, a sua compreensão se baseia em Métricas ESG.
Entrevistamos profissionais experientes no assunto, dos mercados brasileiro e europeu. Essa primeira rodada, que chamamos de pesquisa qualitativa, aconteceu em fevereiro e março de 2021, com um aprofundamento sobre a visão desses profissionais e os principais desafios que as empresas e o mercado financeiro enfrentam ou veem como barreira para o assunto ESG evoluir dentro das organizações.
Já embasados pela pesquisa qualitativa, desenvolvemos então a pesquisa quantitativa “Visão do Mercado Brasileiro sobre os Aspectos ESG”, que coletou dados por meio de questionários entre os dias 16 de julho e 30 de agosto de 2021. Desta forma, completamos a fotografia a respeito do assunto que gostaríamos de compartilhar.
Abordamos pequenas, médias e grandes organizações de diversos setores, como varejo, indústria, serviços, instituições financeiras, educação e tecnologia. Nossa pesquisa quantitativa capturou 139 respostas válidas que agora interpretadas poderão auxiliar líderes e gestores a compreender como podem destravar agendas ESG em suas organizações. Esperamos contribuir com o mercado trazendo informações de qualidade e insights que auxiliem para uma tomada de decisão tranquila e segura, pois a Jornada da Sustentabilidade corporativa é contínua e de inovação incansável.
Boa Leitura!
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